«As Voltas do Passado. A guerra colonial e as lutas de libertação»
7 de junho de 2018, 18h00, Pavilhões das Edições Tinta-da-China | C-31-C-39, Praça Laranja, Feira do Livro de Lisboa
Apresentação por Fernando Rosas (Historiador/Professor Jubilado FCSH-UNL) e Paula Godinho (IHC-FCSH-UNL).
8 de junho de 2018, 19h00, Auditório do Museu da Água | Feira Cultural de Coimbra
Apresentação por António Sousa Ribeiro (CES/FLUC) e Cristina Roldão (ISCTE-IUL)
Organização: Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, projetos de investigação «CROME – Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais», «ECHOES – Historicizar Memórias da Guerra Colonial» e Edições Tinta-da-China.
Colonialismo e Independências: As Memórias que Não se Podem Perder
Mais de 40 anos passados, o que sabemos sobre a guerra colonial e as lutas de libertação? O que se perdeu entre o silenciamento de amplas vertentes do conflito? Nos diferentes lugares, que memórias persistem da guerra que mudou a face de Portugal e que foi crucial para as independências de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe?
A partir das datas marcantes da fase final do colonialismo, dezenas de autores de diferentes áreas do conhecimento questionam a história e o legado desses tempos de mudança. Nestas voltas de um passado feito de momentos celebrados e de segredos incómodos, desenha-se um outro modo de contar a memória de uma guerra com muitos lados.
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«Este é um livro sobre o lugar da memória e do esquecimento da guerra colonial e das lutas de libertação na definição do Portugal democrático e pós colonial, e na constituição dos antigos territórios africanos em estados independentes […]. Com efeito, uma coisa é lembrar a guerra na antiga metrópole, onde hoje figura como espectro de um império tutelado por um longo regime ditatorial, outra é lembrá la nas antigas colónias que, através dela, obtiveram a independência política […]. Os eventos selecionados têm em comum o facto de terem produzido um lastro memorial presente em discursos e monumentos públicos, em mobilizações sociais, em apropriações políticas, em silêncios mais ou menos persistentes que nos contam como se foram modelando as vidas futuras desses eventos passados.» [Introdução]