auto-determinação, poder médico e ativismo
Resumo
Nos estudos e no ativismo LGBTQ+, a intersexualidade é uma vivência muitas vezes esquecida e desconhecida. Através de uma conversa com Ana Lúcia Santos, investigadora, e Santiago Mbanda Lima, ativista intersexual, serão discutidas as interpretações médicas e sociais da intersexualidade, que compulsoriamente tendem a reduzir as pessoas às categorias políticas de mulher e homem. O poder médico, que influencia de forma intrusiva e violenta nas vidas das pessoas intersexuais, tal como a importância do ativismo e da auto-determinação serão ao centro do debate.
O evento assinala o Dia Internacional de Luta contra a Homofobia e a Transfobia (17 de maio)
Notas biográficas
Ana Lúcia Santos é investigadora júnior do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Estudos Feministas pela mesma Faculdade com a tese “Um sexo que são vários: a (im)possibilidade do intersexo enquanto categoria humana.” Frequenta o doutoramento em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra. Os interesses de investigação centram-se na cidadania íntima e sexual, estudos feministas, teoria crip e teoria queer. É ativista nos movimentos LGBT/queer e feminista.
Santiago Mbanda Lima, é cofundador e codiretor da Ação Pela Identidade e a primeira pessoa a fazer come-out em Portugal enquanto intersexo. Liderando o debate da diversidade das características sexuais e a necessidade de proteger a diversidade corporal das pessoas intersexo, desde a nascença – advogando para a sua preservação e não-mutilação genital.
Evento organizado em parceria com não te prives – Grupo de Defesa de Direitos Sexuais, Ação Pela Identidade, Projeto CILIA LGBTQI+ e Associação Portuguesa de Sociologia – Secção Temática Sexualidade e Género
Coordenação: Fernanda Belizário, Mara Pieri e Rita Alcaire (CES) | Outras informações: sharptalks@ces.uc.pt