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Doutoramento Nº 26 | Materialidades da Literatura

Publicado em: Doutoramento Nº 26 | Materialidades da Literatura

Realizam-se no próximo dia 25 de junho de 2025, pelas 10h30, na Sala José Anastácio da Cunha (Departamento de Matemática), as provas de doutoramento em Materialidades da Literatura de Francisco Silveira, candidato da nona edição do Programa, que teve início em 2017-2018. O candidato apresenta a tese «O Complexo da Lagosta Revisitado: uma fábula ensaística» (2025), orientada por Manuel Portela (Universidade de Coimbra).

O júri, nomeado por despacho reitoral de 24 de março de 2025, tem a seguinte constituição:

Presidente:

Albano Figueiredo (Professor Auxiliar, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)

Vogais:

Maria Sequeira Mendes (Professor Auxiliar c/Agregação, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Maria de Lurdes Sampaio (Professora Auxiliar, Faculdade de Letras da Universidade do Porto)

Rui Zink (Professor Auxiliar, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)

Manuel Portela (Professor Catedrático, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)

Sérgio Dias Branco (Professor Associado, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)

Esta tese – a vigésima sexta do Programa de Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura – integra-se na linha de investigação dedicada ao estudo das formas, práticas e processos literários como sistema de inscrições de base tecnológica e medial (Ex Machina: Inscrição e Literatura, subtema “Ex Machina: intermedialidade e inscrição”). Através da combinação de ficção e teoria, a tese usa o conceito “complexo da lagosta” para simular narrativamente a lógica discursiva e institucional de reprodução do poder e de socialização do indivíduo.

Resumo [excerto]

Partindo de um conjunto de características biológicas e artístico-culturais do animal titular, procura-se aqui revisitar e ressignificar a ideia de um “complexo da lagosta” conforme a psicanalista Françoise Dolto o definiu na sua bibliografia tardia. Para tal, traço primeiro um estado da arte dessas representações do crustáceo – recorrências temáticas –, propondo, ademais, uma certa diacronia logo sob questionamento. Este enquadramento fecha com a explicação metodológica de uma “fábula ensaística”.
O âmago imbricado deste trabalho consiste numa metanarrativa intitulada “Roman À Clef (A Condição) Roman À Chef (À Condição)”. Metanarrativa, quer no sentido filosófico de uma narrativa que se propõe a explicar um “todo”, quer na acepção literária de um texto que vai pensando a sua própria produção. Numa diegese situada no corpo metafórico e metamórfico de uma “lagosta” tabu, não se trata de a ficção ilustrar a teoria ou de as cruzar. Tal como o enquadramento e o âmago desta tese se sobrepõem qual escadaria de Escher, ficção e teoria coexistem aqui à nascença.

Fonte: Doutoramento Nº 26 | Materialidades da Literatura
Feed: Materialidades da Literatura
Url: matlit.wordpress.com
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