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Estado da arte na investigação em literatura infantil e juvenil

Texto e fotos de Ana Albuquerque e Aguilar e de Júlia Andrade.

No dia 10 de abril, decorreu, na Universidade de Aveiro, o 2.º Simpósio de Jovens Investigadores em Literatura para a Infância e Juventude (JILIJ), dedicado ao tema “Literatura para a infância e juventude e outras artes”. A organização esteve a cargo de Ana Margarida Ramos, cujo trabalho de investigação em Literatura Infantil e Juvenil é uma referência, bem como de Emanuel Madalena, Inês Costa e Jéssica Silva, jovens investigadores no mesmo campo, também na Universidade de Aveiro.

A conferência de abertura foi proferida por Diana Navas (PUC – São Paulo) e teve como título “Literatura infantil e juvenil e outras artes: a multimodalidade em cena”, na qual foram exploradas as relações da literatura juvenil contemporânea, sobretudo a brasileira, com o cinema, a fotografia e a música.

Tal como sucedeu no 1.º Simpósio JILIJ, a chamada para contribuições foi feita para a submissão de propostas de póster, contudo, dessas, foram selecionadas algumas para apresentação de comunicação. Assim, houve lugar para três mesas-redondas, com o total de dez intervenções, entre as quais, as de Ana Albuquerque e Aguilar e de Júlia Andrade, ambas estudantes do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura. Além da contribuição das investigadoras da Universidade de Coimbra, houve intervenções de investigadores provenientes da PUC – S. Paulo, da Universidade Federal de Uberlândia, do Instituto Politécnico de Macau, da Universidade Lyon 2 – Lumière, assim como das Universidades de Aveiro, do Minho e do Porto. A moderação esteve a cargo de Ana Margarida Ramos (U. Aveiro), de Sara Reis da Silva (U. Minho) e de Cláudia Sousa Pereira (U. Évora), relevantes vozes no âmbito dos estudos em LIJ.

Ana Albuquerque e Aguilar apresentou uma comunicação intitulada “Literatura infantil e juvenil digital: a multimodalidade na criação de um ecossistema literário”, em que explorou as relações que a LIJD estabelece com as outras artes, nomeadamente, com a música, a ilustração e a pintura. Por sua vez, Júlia Andrade apresentou o trabalho “Para ver o tempo: relações entre recursos visuais e materiais na representação da temporalidade nos livros de imagens”, no qual analisou o modo como a ilustração de álbuns selecionados, da editora Planeta Tangerina, contribui para a representação e perceção do tempo.

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Através da exposição e discussão dos pósteres, que ultrapassaram as três dezenas, com proveniência de diferentes países, foi também possível perceber a vitalidade dos estudos em LIJ, sobretudo em contexto português.

Se o primeiro Simpósio JILIJ, em 2018, contribuiu para a criação de um espaço internacional de diálogo para os investigadores neste campo, o segundo veio, certamente, reforçar esta rede de comunicação e de partilha, alargando a visibilidade e a legitimação da investigação em literatura infantil e juvenil.

Fonte: Estado da arte na investigação em literatura infantil e juvenil

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