Skip to content

“Sei tanto agora que tenho quase cem anos como quando tinha dois”

Publicado em: “Sei tanto agora que tenho quase cem anos como quando tinha dois”

"Foi preciso o fim da II Guerra Mundial para que os portugueses se dessem conta de que a nossa situação, que até então parecia edificante e admirável — e admirada até —, não correspondia às novas exigências depois do triunfo das democracias. E a guerra de África determinou o nosso destino de outra maneira, pôs fim ao longo império de mais de 500 anos, perdemos o famoso império. A questão é saber em que medida é que o tivemos, ou em que medida era um império tão real para nós e tão vivido, como miticamente alguma literatura e alguma poesia mitificou, entre elas a maior mitificação e a última feita por Fernando Pessoa. Já não se podem escrever peças líricas sobre aqueles que morreram por esse império."

Isso é bom ou mau?
"É a vida. É a História. E temos de viver isso como qualquer coisa mais do que um ressentimento. As colónias, os colonizados, tiveram a sua hora de afirmação. Era natural que se emancipassem. Nós, e a maior parte dos colonizadores europeus, prolongámos esse império para ser sem fim, prolongámos a supremacia europeia durante mais tempo do que ela era capaz. Hoje mudámos de paradigma, a Europa já não é o centro do mundo, mas também não é a periferia." https://www.publico.pt/…/eduardo-lourenco-a-terra-nao-merec…

“Sei tanto agora que tenho quase cem anos como quando tinha dois”

O mundo apresenta-se como uma imensa tela em que cada indivíduo pode não passar de um espectador. O pensador alerta para o perigo de estarmos fixados na imagem sem interpelar a vida. Conversa que teve Portugal como partida. Aos 94 anos, Eduardo Lour

Back To Top