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1.º Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens

Publicado em: 1.º Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens

Decorreu, de 22 a 24 de setembro, o 1.º Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens – Crítica, Estética e Ensino, associado à 3.ª Jornada da Literatura de Infância, tendo sido organizado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mais especificamente pelas professoras, e proeminentes investigadoras neste campo, Diana Navas, Elizabeth Cardoso e Maria José Palo. O evento, online, gratuito e de acesso livre, contou com cerca de 6 mil inscritos e foi transmitido, em streaming, através da plataforma StreamYard, no YouTube.

Cartaz do evento, sobre ilustração de Raquel Matsushita.

A programação foi organizada em dois momentos diários (horário de Brasília), sendo a manhã dedicada a atividades comuns e a tarde destinada aos diversos simpósios paralelos.  Assim, no dia 22, teve lugar a conferência de abertura, intitulada “El libro álbum y la intervención cultural en tiempos de crisis”, a cargo de Evelyn Arizpe (University of Glasgow); no dia 23, decorreu a mesa-redonda “O livro infantil e juvenil: mediações”, que contou com a participação de Cecilia Bajour (Universidad Nacional de San Martín), Sidinéia Chagas (Biblioteca Comunitária de Palheiros), Leo Cunha (escritor) e Bernardo Carvalho (escritor, designer e ilustrador), com moderação de Elizabeth Cardoso (PUC-SP); no dia 24, houve uma nova mesa-redonda, dedicada a “Literatura juvenil: diálogos possíveis”, com a participação de Ana Margarida Ramos (Universidade de Aveiro), João Carrascoza (escritor), Raquel Matsushita (escritora, designer e ilustradora) e Maria Auxiliadora Baseio (Universidade de Santo Amaro), com moderação de Diana Navas (PUC-SP). Num evento que privilegiou a pluralidade de perspetivas em literatura infantil e juvenil (LIJ), nas vertentes de criação, produção, edição, estudo, ensino, investigação e mediação, é de notar que todas estas intervenções contaram com intérpretes de língua gestual, ação inclusiva que permitiu chegar a um público ainda mais alargado.

Todas as comunicações ficaram gravadas, estando disponíveis nos canais de YouTube dos diferentes simpósios do congresso, nomeadamente, 1. “Conto e reconto da tradição oral”,  2. “Múltiplas linguagens em literatura infantil e juvenil: imagem, som e toque”, 3. “Literatura infantil e juvenil no contexto da era digital”, 4. “Literatura e ensino”, 5. “Literatura juvenil e o diálogo com outras artes”, 6. “Poesia para crianças e jovens: abordagens múltiplas”, 7. “Temas fraturantes no livro infantil e juvenil contemporâneo” e 8. “As literaturas africanas, afro-brasileiras e indígenas para infância e juventude: intersecções”.

As Materialidades da Literatura também marcaram presença no congresso. No dia 22, Ana Albuquerque e Aguilar apresentou uma comunicação no Simpósio 3 – “Literatura infantil e juvenil no contexto da era digital”, coordenado por Aline Frederico (UFRJ/PUC-SP) e Edgar Kirchof (Universidade Luterana do Brasil), intitulada “Águas turbulentas? Uma proposta para a leitura de Salt Immortal Sea nas escolas portuguesas”, onde abordou o modo como a alteração do regime de ensino e a súbita passagem ao digital, provocadas pela pandemia, afetam o modo como se ensina e se faz investigação aplicada em literatura digital.

Comunicação “Águas turbulentas? Uma proposta para a leitura de Salt Immortal Sea nas escolas portuguesas”, por Ana Albuquerque e Aguilar.

Ainda no dia 22, Alice Atsuko Matsuda (UTFPR-Curitiba), que realizou Pós‑Doutoramento no Programa em Materialidades da Literatura, apresentou a comunicação “O abraço – um tema difícil de se tratar”, no Simpósio 7 – “Temas Fraturantes no Livro Infantil e Juvenil Contemporâneo”, do qual, aliás, foi coordenadora, juntamente com Eliane Galvão Ferreira (UNESP-Assis). 

Também no mesmo simpósio, mas já no dia 24, Ana Maria Machado apresentou a comunicação “Fantasias e didatismos na obra infantil de Fernanda de Castro: entre a monologia e a dissidência”, refletindo acerca das características da obra infantil da escritora portuguesa, tantas vezes esquecida, com especial atenção dedicada ao livro Mariazinha em África, de 1925, ilustrado por Sarah Afonso.

Comunicação de Ana Maria Machado, “Fantasias e didatismos na obra infantil de Fernanda de Castro: entre a monologia e a dissidência”, apresentada por Alice Matsuda e Eliane Galvão.

Embora o evento tivesse contado com oradores de diversos países, destaca­‑se a participação de Portugal, onde os estudos e a investigação em LIJ são já uma referência internacional. Além das já mencionadas Universidades de Coimbra (através de Ana Maria Machado e Ana Albuquerque e Aguilar) e de Aveiro (por Ana Margarida Ramos), a Universidade de Évora, com a participação de Cláudia Sousa Pereira, e a Universidade Católica Portuguesa – Lisboa, com Dora Batalim SottoMayor, também marcaram presença neste congresso.

Fonte: 1.º Congresso Internacional de Literatura para Crianças e Jovens
Feed: Materialidades da Literatura
Url: matlit.wordpress.com
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