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As mil e duas noites (Materialidades da Literatura no Anozero 21-22, Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra)

Publicado em: As mil e duas noites (Materialidades da Literatura no Anozero 21-22, Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra)

O Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura através do projeto “As mil e duas noites”, produzido por Elizama Almeida, Elena Soressi e Mafalda Lalanda, em colaboração com o projeto “Paginário”, de Leonardo Villa-Forte (PUC-Rio), participa na programação convergente do Anozero 21-22, Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (09-04-2022 a 26-06-2022). A apresentação d’ “As mil e duas noites” decorre na próxima terça-feira, dia 3 de maio de 2022, pelas 18h30 (hora de Lisboa), via Zoom. Além das autoras, a apresentação conta com a participação de Lu Lessa Ventarola e Manuel Portela. Trata-se de uma iniciativa do MATLIT LAB: Laboratório de Humanidades, com o apoio do Centro de Literatura Portuguesa.

Sinopse

As mil e duas noites resulta de uma pesquisa intensa, extensa e colaborativa sobre como o tema da noite é expresso em livros de diversos gêneros e autores, com privilégio para poesia, romance, narrativas curtas, ensaios e textos híbridos.

Ao evocar o clássico As mil e uma noites ressaltamos, por um lado, a noite como o lugar onde a sobrevivência é disputada por meio de histórias – ao menos até o dia seguinte – e, por outro, ao propor a imagem de uma milésima segunda noite, buscamos pensar na literatura como uma capacidade expandida de contar, escutar e interagir com o espaço e com o tempo.

Em diálogo com a proposta curatorial, a noite é investigada em três dimensões. Uma delas seria a simbólica, que inclui o ocaso, o sombrio, o sono, o sonho; outra dimensão seria a alegórica, como a noite política ou a noite histórica; e a terceira compreende a noite a partir uma perspectiva narrativa, isto é, como um estilo de escrita não transparente ou um idioma não conhecido parece jogar o leitor para uma determinada escuridão de sentidos.

A proposta ganha a forma do Paginário, projeto que, embora possua uma dupla dimensão – obra visual, se vista de longe, e obra textual, quando apreciada de perto –, reside no convite à literatura de forma material, manual e interativa. O Paginário é uma aproximação entre as diferenças e uma leitura que estabelece continuidades ou ruídos pelo imprevisto das conexões formadas.

As mil e duas noites consiste no processo de fotocópia de 1.002 páginas de livros com trechos sobre a noite distribuídas em vários murais. O mural de maior dimensão, com 253 folhas, será instalado na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, e os restantes murais, de menor dimensão, com 107 folhas cada, sejam espalhados pela cidade de Coimbra, conforme as permissões concedidas pela câmara municipal. Os murais são acompanhados por marcadores como um convite aos visitantes leitores, presentes na Bienal, ou aos passantes, presentes na rua, para um corpo a corpo com a leitura, destacando dali seus trechos favoritos.

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