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As razões da ansiedade na pandemia populista

Publicado em: As razões da ansiedade na pandemia populista


Comentário: Sílvia Roque | Moderação: Gaia Giuliani



Apresentação

 A pandemia tem criado um conjunto de desafios sanitários, sociais e económicos que foram enfrentados com soluções supostamente racionais puxadas pela ansiedade criada pelo SARS-COV-2. Nestas condições até algumas respostas científicas demostraram-se contraditórias ao longo do tempo, veja-se por exemplo a disputa inicial sobre o uso ou não de máscaras, ou o uso duma certa vacina unicamente abaixo e depois apenas acima duma certa idade. Isto indica que o nível de racionalidade de uma dada resposta racional é condicionado por um conjunto de atitudes emocionais, na sociedade como acontece no individuo.

Adotando a compreensão do funcionamento cognitivo definido a partir das neurociências, podemos distinguir três sistemas emocionais: o sistema de resposta imediata “luta/foge”, o sistema de “disposição” que nos permite aprender e definir os hábitos, e o sistema de “vigilância” que nos alerta quando determinadas circunstâncias não são seguras. Segundo alguns cientistas o terceiro são os sistemas emocionais mais relevantes para o estudo das emoções na política e definem respetivamente o grau de entusiasmo/depressão e o grau de ansiedade frente situações concretas.

Embora a ansiedade seja considerada uma emoção da valência negativa enquanto desagregável, ela “desperta” a razão em contextos em que a pura perpetuação de hábitos pode levar a consequência negativas. Os fenómenos populistas são estudados por fazer amplo apelo às emoções negativas como raiva e medo. É relevante analisar de que forma estes fenómenos apelam à ansiedade no contexto de pandemia em que esta é já largamente e geralmente difundida. É preciso examinar também de que forma o apelo populista à ansiedade leva a respostas racionais e em que medida elas são diferentes com respeitos as respostas oferecidas pelos outros partidos e lideranças politicas.


Este trabalho é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT/MEC) através de fundos nacionais no âmbito do projeto UNPOP “Desmontar o Populismo: Comparando a formação de narrativas da emoção e os seus efeitos no comportamento político” (PTDC/CPOCPO/3850/2020) e pelo Financiamento Programático FCT (UIDP/50012/2020).


6.ª sessão do ciclo de seminários «Conversas desconfinadas II».


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Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. No entanto, está limitada ao número de vagas disponíveis.
https://us02web.zoom.us/j/84323490214?pwd=TTgrL3FaaExGT0pyNUI1TXRlcXM2QT09

ID da reunião: 843 2349 0214 | Senha de acesso: 764980


Agradecemos que todas/os as/os participantes mantenham o microfone silenciado até ao momento do debate. A/O anfitriã/ão da sessão reserva-se o direito de expulsão da/o participante que não respeite as normas da sala.


As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.

Fonte: As razões da ansiedade na pandemia populista
Feed: Centro de Estudos Sociais – Destaques
Url: www.ces.uc.pt
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