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Mia Couto: ″Grande parte da Igreja Católica foi conivente com a ditadura″

Publicado em: Mia Couto: ″Grande parte da Igreja Católica foi conivente com a ditadura″

"Não se pode purificar o passado"*
P-Nem todos esquecem o passado e as atuais sociedades americanas derrubam estátuas de Colombo de norte a sul desse continente. Como vê essa reescrita da história?
R-Derrubar estátuas é compreensível como um gesto de revolta daqueles que pretendem desocultar os crimes e os criminosos do passado. Não se pode esperar que as pessoas que foram excluídas da História a respeitem. Mas o derrube dos símbolos não corrige o passado. A história tem que ser escrita a várias mãos, com diferentes versões. A versão dos vencidos deve estar tão presente como a dos vencedores. É um erro apagar diferentes memórias. Não se pode purificar o passado.

*Mia Couto, entrevista a João Céu e Silva (DN, 14-11-2020), a propósito do novo romance do escritor moçambicano, "O mapeador de ausências" (Caminho), que pode ser resumido numa das suas respostas: "A memória é sempre uma escolha. Em Moçambique vivemos uma história em que tudo parece ainda recente. Ainda não aprendemos a apagar os nossos esquecimentos".

https://www.dn.pt/…/mia-couto-grande-parte-da-igreja-catoli…

Mia Couto: ″Grande parte da Igreja Católica foi conivente com a ditadura″

Mia Couto. O novo romance do escritor moçambicano pode ser resumido numa das respostas da entrevista: "A memória é sempre uma escolha. Em Moçambique vivemos uma história em que tudo parece ainda recente. Ainda não aprendemos a apagar os nossos esquecimentos." Uma narrativa onde se recorda um t…

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