Segredo, degredo…
Publicado em: Segredo, degredo…
xxxx xxxx destruição foi uma libertação xxxxxx. Agora, o Caveira xxxxxxxx xx xxxx pra avisar que cansou das xxxxxx que eu (ingrata, xxx xxxxxxxxxx xxxxxx e desmazelada) tirei da luta comunista dele. Eu não tô supresa com x xxxxxxxx que ele faz do meu coração ateu, eu que queria viver uma vida toda xxxxxxxxxxx e sem bandeira nenhuma… O edifício do comunismo não caiu, ele grita e começava a xxxxxxxx nas nuvens, a minha xxxx pega fogo, eu sinto o peso da xxxxx dele na xxxxxx.
xxxxx o primeiro medo que eu xxxx quando ele aparece seja o ter que procurar e encontrar xxxx xx um corpo desaparecido, xxxxxxxxx buracos no verão do meio-dia do Rio xx xxxxxxxxxx. Mas, conforme contou x xxxx ficção xxx xxxxxx x xx xxxxxxxxxx, o corpo do xxxxx xxxxxxxxx foi encontrado na xxxx, em uma xxxxxxxxx até muito xxxxxxxx e fresca bem xxxxxxx da xxxxx xxxx. Com xx sssossoss enrolados apenas em uma espécie de sudário, foram encontrados sob as xxxxxx de um xxxxxxx. A xxxxxxx que existe entre a minha história e a dele é o xxxxx segredo, porque quando nos encontramos em uma encruzilhada de cemitério qualquer o nosso XXXX libertou um ciclo de dor que ajudava a escravizar gerações e mais gerações. Não existe xxx xxx mais nenhum crime ou um culpado, apertamos as mãos em um xxxxxxx que desafia os céus e o inferno.
Unicamente de onde se pode perdoar [1].
_ Não, nunca se pode perdoar, eu nunca consegui perdoar ninguém. O perdão é impossível. Mas, se temos o fogo da fogueira da contação das histórias, é possível fazer as areias voltarem no vento… E retomar, assim, um momento no qual o Tempo nos reposiciona – como em de Volta pro Futuro ou A gente se vê ontem – antes de um crime ou fato consumado… Pra mim, o abolicionismo mais radical é um mergulho nessa memória. Assim, o Caveira me liberta do exercício extenuante e impossível do perdão que, de qualquer modo, eu nunca poderia me dar ou receber em um mundo onde ou bem todo mundo é culpado de tudo ou bem ninguém é culpado de nada.
A tese sobre as polacas é a história de um “surto”. De resto, talvez ela não valha mesmo nada…
REFERÊNCIAS
MIGUENS, Fernanda. A Sociedade Sagradas das Polacas: uma tradução da palavra de Deus pelas donas de casa prostitutas. Coleção X (Organização Rafael Haddock-Lobo) – Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2020.
RANGEL, Marcelo. A história e o impossível. Coleção X (Organização Rafael Haddock-Lobo) – Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2020.
NOTAS:
[1] Marcelo sugere o perdão na orelha das polacas…
Créditos na imagem:
George Underwood, 1947. Surrealist /Visionary painter, part 2. Disponível em: https://www.tuttartpitturasculturapoesiamusica.com/2016/01/George-Underwood.html
SOBRE A AUTORA