Voz e Auralidade nas Artes Performativas
Publicado em: Voz e Auralidade nas Artes Performativas
voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca
Coimbra, 7 – 10 fevereiro, TAGV
O ciclo Voz e Auralidade nas Artes Performativas constitui uma mostra de manifestações artísticas onde se exprime a diversidade do suporte da linguagem no âmbito do que se tem vindo a designar como teatro expandido, explorando gestos vocais alterados pela exigência de uma escuta que antecede o falar. Este exercício traz a jogo as variantes da voz em cena, numa dinâmica combinatória que compreende as suas diversas extensões: voz à boca de cena, voz de cena à boca e cena de voz à boca, consoante o foco das propostas artísticas. Tais mutações definem a razão de ser deste ciclo que, antevendo a multiplicidade destas práticas, se apresenta sob a forma de espetáculos, instalações, passeio sonoro, debate e edição.
Na oficina berro em cena, João Barros da Silva desencaminha-nos por cantos que não chegam a canto; no espetáculo de dança Trolaró, de Ana Rita Teodoro e João dos Santos Martins, os sons traçam o limbo do controlo e descontrolo; na performance Tutuguri, de Flora Détraz, ensaiam-se ventriloquismos; e no pseudo-concerto de Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins verte-se um cabaret ao despique. Paralelamente, os caminhos da audição desdobram-se num passeio sonoro e em duas instalações de Tiago Schwäbl e Nuno Miguel Neves que partem para a encenação da escuta. Um debate-performance sobre tudo isto — com Paula Caspão, Sara Belo, Pieroni Calado e Fernando Matos Oliveira — pontuará uma semana de Voz e Auralidade.
https://tagv.pt/agenda/ciclo-voz-e-auralidade/
Curadoria: Tiago Schwäbl e Fernando Matos Oliveira
Produção: Teatro Académico de Gil Vicente
Parcerias: LIPA — Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas, Centro de Literatura Portuguesa
Imagem: Gabriela Valente
Locais: TAGV, Colégio das Artes UC e percurso pedestre por Coimbra
Feed: Materialidades da Literatura
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